NATAL

Há sempre uma subtil magia…
Algo que nunca fui capaz de verbalizar.

Creio ser esse o mistério!
Certamente, essa é a Boa Nova.
Talvez por isso a felicidade pura que contagia.
Talvez por isso a Luz, a cada celebração.
Talvez por isso sentir que o advento se renova.

Certamente, por isso as velas na mesa da ceia
E a estrela cintilante no cimo da árvore das lembranças.
Talvez por isso, na jarra, o azevinho.
Ah! E o incenso, o ouro e a mirra dos reis
Que eram Magos em busca do Divino!
E, em redor da árvore, a alegria das crianças.
E, certamente por isso, ao centro, o Menino.

Élio Rua – “As estações da memória”, 24-12-1986

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